DON'T BLUSH… LOOK BEFORE YOU FLUSH!
24/02/2008 - 14h38
Escocesa eleva vaso sanitário a estrela de programa de TV
Marianne Piemonte e Paulo Ribeiro
Quem ainda não viu, já ouviu falar daquela senhora que aparece na tevê mexendo no cocô alheio com um palito de sorvete. Trata-se da nutricionista holística escocesa Gillian McKeith, 40, do programa "Você É o que Você Come", transmitido no Brasil pela GNT e em mais 34 países.
Apesar de provocar ojeriza em muitos espectadores, o programa tornou-se um hit no Reino Unido e a apresentadora virou porta-voz da campanha "Don't blush, look before you flush" ("Não core, olhe antes de dar descarga"), que promove ações para prevenção do câncer de intestino. Não por acaso, o assunto ganha mais espaço. Esse é o segundo tipo de tumor maligno que mais acomete homens e mulheres nos centros urbanos do mundo.
Apesar do trabalho malcheiroso -ela mesma conta que chega a usar até três máscaras durante uma visita-, Gillian tornou-se uma celebridade. As pessoas fazem fila e mandam cartas para receber suas visitas em casa. Tanta fama gerou polêmica no "Guardian", tradicional jornal inglês. Ben Goldacre, médico que escreve semanalmente a coluna intitulada "Bad Science" (Má Ciência), travou dois rounds com a loira sobre os métodos pouco ortodoxos de Gillian ao tratar questões médicas.
A Revista teve uma instrutiva e divertida conversa com a nutricionista por telefone. Ao final, Gillian mandou um recado: "Se seu trânsito intestinal vai bem, antes de dar descarga, dê tchau ao seu cocô e um tapinha no bumbum para congratulá-lo. Isso, sim, é ter saúde!" Como diriam os ingleses: "cheers".
Por que e quando você começou a trabalhar com nutrição? Estava sofrendo com minha saúde e fui diagnosticada erroneamente inúmeras vezes. Na época, vivia com uma enxaqueca interminável. Foi um guru espiritual que teve a habilidade de ver dentro do meu corpo. Sei que soa maluco, até eu mesma achei na época, mas ele me orientou a seguir o caminho da alimentação saudável. Foi essa iluminação que me fez perceber que queria me especializar no campo de saúde e nutrição.
Por que analisar cocô? Em minha clínica, tenho usado cocô como parte analítica de meus clientes por 15 anos. É parte vital no método de tratamento. Preciso ver o cocô para obter uma visão geral do que acontece no organismo deles.
Por que é necessário olhar as fezes antes de dar descarga? Para ver como está a cor, tamanho, formato, textura e cheiro. É uma análise que fala muito de sua digestão e do que se passa no seu organismo. Você deve olhar sem medo ou vergonha.
O que podemos observar sobre a saúde com tal tipo de análise? O estado do fígado, a hidratação do corpo, o tipo de comida que se está comendo e a qualidade da digestão. Se a mastigação é apropriada, se faltam nutrientes em seu corpo, se há bactérias ruins ou deficiência em alguns tipos de gorduras vitais ao organismo. Vermes, parasitas, problemas no cólon. A lista é longa. Cocôs muito malcheirosos, que deixam marcas na privada, são problemáticos. Assim como em bolinhas, pálido, mole, fino ou despedaçado.
O que se deve analisar? Deve-se ver se há pedaços de alimentos, se vai bem com a descarga ou se bóia. Quantas vezes você se limpa com o papel higiênico? Se passar mais de cinco vezes o papel é sinal de que precisa de mim. Olhar o cocô pode salvar a sua vida. Sangue nas fezes pode ser hemorróida ou algo mais sério. Os participantes do programa que têm o cocô mais fedido são os que comem sempre "junk food". Geralmente, tenho que usar três máscaras e, ainda assim, o cheiro é horrível.
Como deve ser o cocô perfeito? Deve ter cor de castanha-da-índia. Preto ou amarelo não me deixa feliz. Deve ter o formato de salsicha. O ideal é que fique atado ao bumbum assim que alcança a água. Um bonito, longo e grosso cocô. Não deve ser muito fino nem ter um cheiro forte, daqueles que fazem você sair correndo do banheiro. Não deve haver pedaços de comida ou ser muito quebrado.
Qual o segredo para o intestino funcionar bem? Os alimentos que ingere, quanto de água toma-se diariamente e exercícios. Uma boa sugestão é tomar um copo de água morna toda manhã, seguido por uma xícara de chá de urtiga e uma salada de frutas. Também ensino meus pacientes a abaixar lentamente (como se fossem ficar de cócoras), antes de se sentarem no vaso. Isso irá criar o movimento de ondas no intestino para que o cocô saia confortavelmente. Outra idéia é arrumar um banquinho de 30 cm de altura. Coloque os pés no banco quando sentado na privada, isso estimula uma posição que proporciona evacuação completa. Se não tiver o banquinho, use pilhas de jornal.
Como seus amigos e familiares reagiram quando começou a analisar cocô em rede nacional? Minha mãe ficou horrorizada e me telefonava para dizer que eu estava acabando com os jantares dela. Uma das minhas filhas fica muito envergonhada quando vai à escola no dia seguinte ao programa, pois os amigos sempre dizem 'sua mãe estava cheirando cocô de estranhos ontem à noite!', mas ela entende que é em prol de uma boa causa.
Escocesa eleva vaso sanitário a estrela de programa de TV
Marianne Piemonte e Paulo Ribeiro
da Revista Folha (A Folha de São Paulo)
Quem ainda não viu, já ouviu falar daquela senhora que aparece na tevê mexendo no cocô alheio com um palito de sorvete. Trata-se da nutricionista holística escocesa Gillian McKeith, 40, do programa "Você É o que Você Come", transmitido no Brasil pela GNT e em mais 34 países.
Apesar de provocar ojeriza em muitos espectadores, o programa tornou-se um hit no Reino Unido e a apresentadora virou porta-voz da campanha "Don't blush, look before you flush" ("Não core, olhe antes de dar descarga"), que promove ações para prevenção do câncer de intestino. Não por acaso, o assunto ganha mais espaço. Esse é o segundo tipo de tumor maligno que mais acomete homens e mulheres nos centros urbanos do mundo.
Apesar do trabalho malcheiroso -ela mesma conta que chega a usar até três máscaras durante uma visita-, Gillian tornou-se uma celebridade. As pessoas fazem fila e mandam cartas para receber suas visitas em casa. Tanta fama gerou polêmica no "Guardian", tradicional jornal inglês. Ben Goldacre, médico que escreve semanalmente a coluna intitulada "Bad Science" (Má Ciência), travou dois rounds com a loira sobre os métodos pouco ortodoxos de Gillian ao tratar questões médicas.
A Revista teve uma instrutiva e divertida conversa com a nutricionista por telefone. Ao final, Gillian mandou um recado: "Se seu trânsito intestinal vai bem, antes de dar descarga, dê tchau ao seu cocô e um tapinha no bumbum para congratulá-lo. Isso, sim, é ter saúde!" Como diriam os ingleses: "cheers".
Por que e quando você começou a trabalhar com nutrição? Estava sofrendo com minha saúde e fui diagnosticada erroneamente inúmeras vezes. Na época, vivia com uma enxaqueca interminável. Foi um guru espiritual que teve a habilidade de ver dentro do meu corpo. Sei que soa maluco, até eu mesma achei na época, mas ele me orientou a seguir o caminho da alimentação saudável. Foi essa iluminação que me fez perceber que queria me especializar no campo de saúde e nutrição.
Por que analisar cocô? Em minha clínica, tenho usado cocô como parte analítica de meus clientes por 15 anos. É parte vital no método de tratamento. Preciso ver o cocô para obter uma visão geral do que acontece no organismo deles.
Por que é necessário olhar as fezes antes de dar descarga? Para ver como está a cor, tamanho, formato, textura e cheiro. É uma análise que fala muito de sua digestão e do que se passa no seu organismo. Você deve olhar sem medo ou vergonha.
O que podemos observar sobre a saúde com tal tipo de análise? O estado do fígado, a hidratação do corpo, o tipo de comida que se está comendo e a qualidade da digestão. Se a mastigação é apropriada, se faltam nutrientes em seu corpo, se há bactérias ruins ou deficiência em alguns tipos de gorduras vitais ao organismo. Vermes, parasitas, problemas no cólon. A lista é longa. Cocôs muito malcheirosos, que deixam marcas na privada, são problemáticos. Assim como em bolinhas, pálido, mole, fino ou despedaçado.
O que se deve analisar? Deve-se ver se há pedaços de alimentos, se vai bem com a descarga ou se bóia. Quantas vezes você se limpa com o papel higiênico? Se passar mais de cinco vezes o papel é sinal de que precisa de mim. Olhar o cocô pode salvar a sua vida. Sangue nas fezes pode ser hemorróida ou algo mais sério. Os participantes do programa que têm o cocô mais fedido são os que comem sempre "junk food". Geralmente, tenho que usar três máscaras e, ainda assim, o cheiro é horrível.
Como deve ser o cocô perfeito? Deve ter cor de castanha-da-índia. Preto ou amarelo não me deixa feliz. Deve ter o formato de salsicha. O ideal é que fique atado ao bumbum assim que alcança a água. Um bonito, longo e grosso cocô. Não deve ser muito fino nem ter um cheiro forte, daqueles que fazem você sair correndo do banheiro. Não deve haver pedaços de comida ou ser muito quebrado.
Qual o segredo para o intestino funcionar bem? Os alimentos que ingere, quanto de água toma-se diariamente e exercícios. Uma boa sugestão é tomar um copo de água morna toda manhã, seguido por uma xícara de chá de urtiga e uma salada de frutas. Também ensino meus pacientes a abaixar lentamente (como se fossem ficar de cócoras), antes de se sentarem no vaso. Isso irá criar o movimento de ondas no intestino para que o cocô saia confortavelmente. Outra idéia é arrumar um banquinho de 30 cm de altura. Coloque os pés no banco quando sentado na privada, isso estimula uma posição que proporciona evacuação completa. Se não tiver o banquinho, use pilhas de jornal.
Como seus amigos e familiares reagiram quando começou a analisar cocô em rede nacional? Minha mãe ficou horrorizada e me telefonava para dizer que eu estava acabando com os jantares dela. Uma das minhas filhas fica muito envergonhada quando vai à escola no dia seguinte ao programa, pois os amigos sempre dizem 'sua mãe estava cheirando cocô de estranhos ontem à noite!', mas ela entende que é em prol de uma boa causa.
12 Comments:
Uma boa refeição sempre termina com aquele prazer inconfessável do cocô perfeito.
A arte de Obrar só é dada aos grandes mestres que apreciam esta arte
vocês caros leitores prestam um auxílio enorme a nós latrineiras, por ajudar a avaliar nossa saúde mental e intestinal analizando o que é defecado por aqui...
filho da Ana Bruner:
- mãe, mãe, olha, eu fiz a minha letra!
um cocô, além de saudável, didático e intelectualizado...
hahaha eu tinha visto essa matéria na revista, e lembro de ter pensado: nossa, isso é muito latrinesco.
O filho da mestra deve ter jantado sopa de letrinhas...
... patético e grotesco
Não sei se concordo que exista um cocô perfeito. De certa forma, acho que cada personalidade tem o seu. Usando uma imagem de Harry Potter, seria o Patrono de cada um.
Quanta merda! Ainda bem que é Latrina...
fique a vontade para se aliviar aqui, Lipão! E devo dizer que a comparação entre um cocô e um patrono foi deveras original.
for the Dumbletore's beard!
God save the Queen!!!
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