O Senhor de Peruíbe III
Quase todos colaboraram com a construção da fogueira. Até os meninos mais novos carregaram gravetos da mata até o ponto escolhido para o farol improvisado, mesmo que alguns se distraíssem no meio do caminho. Porquinha revirou os olhos quando viu que um dos garotos –aquele com o cabelo esquisito, agora preso para trás com um lenço – parara entre as árvores empunhado um graveto em posição de ataque e fingindo-se de pirata. Mas nenhuma outra criança pareceu se interessar pela brincadeira.
Eles se mantiveram ocupados com o acúmulo de madeira durante o maior parte da tarde. Honório, por outro lado, estivera todo esse tempo sentado por perto entretido com seu passatempo favorito: tremer a perna frenética e incontrolavelmente. Então, de repente, ele lembrou a todos de um pequeno detalhe crucial que não lhes tinha passado pela cabeça;
—Como vocês pretendem acender a fogueira?
Caio, Bacchiemarcel, Manfrim e Alexandre olharam para ele sem resposta, desapontados e desesperados. Vendo isso, Porquinha reagiu, perguntando a Honório com seu jeito característico:
— Que tal você pensar em uma solução, Cerejinha?
— Oh pirralha, tá vendo aquele mato ali do lado? Eu estou pensando seriamente em te jogar lá. E para a sua informação, eu já tenho a solução.
— E é poeta...
— Você está me comparando ao...bom, não importa. Agora o mais importante... você quatro-olhos, você é míope ou hipermétrope?
— Hipermétrope. – respondeu Manfrim, um pouco atordoado.
— Ainda bem. – continuou Nonô, enquanto desenhava uma forma convexa no chão. – A lente dos seus óculos é convergente, por isso, se nós virarmos ela para o Sol, os raios de luz que chegam paralelos vão ser todos refratados para o mesmo ponto, de acordo com a analogia dos carrinhos, formando um feixe intenso que vai ser absorvido pela madeira, se transformando em calor e começando o fogo.
Ninguém entendeu nada dos rabiscos do menino, mas compreenderam seu propósito. Vitor se lembrou das longas tardes que passara na casas de seus avós, antes de ir parar naquele lugar, queimando formigas com uns óculos velhos, e sentiu saudades daquele tempo.
Manfrim entregou seus óculos para Caio, que o posicionou de modo a captar a luz do Sol que
vinha do oeste. Alguns segundos depois, um fio de fumaça surgiu e logo as chamas já formavam sombras fantasmagóricas nos rostos dos que estavam em volta.
Honório observou, um pouco afastado, enquanto todos aplaudiam e dançavam em volta de Caio por ele ter executado a sua idéia, baseada nos seus conhecimentos de física. Ele tremeu sua perna mais violentamente do que nunca, próximo da fogueira.
Um galho acesso se mexeu e uma fagulha voou em direção à floresta do outro lado da montanha. Foi o desastre e o início do caos.
Eles se mantiveram ocupados com o acúmulo de madeira durante o maior parte da tarde. Honório, por outro lado, estivera todo esse tempo sentado por perto entretido com seu passatempo favorito: tremer a perna frenética e incontrolavelmente. Então, de repente, ele lembrou a todos de um pequeno detalhe crucial que não lhes tinha passado pela cabeça;
—Como vocês pretendem acender a fogueira?
Caio, Bacchiemarcel, Manfrim e Alexandre olharam para ele sem resposta, desapontados e desesperados. Vendo isso, Porquinha reagiu, perguntando a Honório com seu jeito característico:
— Que tal você pensar em uma solução, Cerejinha?
— Oh pirralha, tá vendo aquele mato ali do lado? Eu estou pensando seriamente em te jogar lá. E para a sua informação, eu já tenho a solução.
— E é poeta...
— Você está me comparando ao...bom, não importa. Agora o mais importante... você quatro-olhos, você é míope ou hipermétrope?
— Hipermétrope. – respondeu Manfrim, um pouco atordoado.
— Ainda bem. – continuou Nonô, enquanto desenhava uma forma convexa no chão. – A lente dos seus óculos é convergente, por isso, se nós virarmos ela para o Sol, os raios de luz que chegam paralelos vão ser todos refratados para o mesmo ponto, de acordo com a analogia dos carrinhos, formando um feixe intenso que vai ser absorvido pela madeira, se transformando em calor e começando o fogo.
Ninguém entendeu nada dos rabiscos do menino, mas compreenderam seu propósito. Vitor se lembrou das longas tardes que passara na casas de seus avós, antes de ir parar naquele lugar, queimando formigas com uns óculos velhos, e sentiu saudades daquele tempo.
Manfrim entregou seus óculos para Caio, que o posicionou de modo a captar a luz do Sol que
vinha do oeste. Alguns segundos depois, um fio de fumaça surgiu e logo as chamas já formavam sombras fantasmagóricas nos rostos dos que estavam em volta.
Honório observou, um pouco afastado, enquanto todos aplaudiam e dançavam em volta de Caio por ele ter executado a sua idéia, baseada nos seus conhecimentos de física. Ele tremeu sua perna mais violentamente do que nunca, próximo da fogueira.
Um galho acesso se mexeu e uma fagulha voou em direção à floresta do outro lado da montanha. Foi o desastre e o início do caos.
Marcadores: Senhor de Peruíbe
13 Comments:
Um trágico exemplo de violação de Copyright. Caio, você me desapontou!
Acho que o grupo de seguidores de "Honório", como os que seguem "Caio" deveria ter como grito de guerra: "Nô, Nô, Nô...!", o que representaria a negação da ditadura contra a seguridade de idéias impostas por Caio, que no fundo é um grande lider, mas manipulador! Haha!
Cacá, não se esqueça dos óculos tortos, hahahahahah.
Eu continuo adorando!
"Se você conhecesse o tempo tão bem quanto eu, falaria dele com mais respeito!"
Lewis Carroll
Sim, eu vou continuar a escrever passagens de Alice (os dois livros) até que a Muri aceite o desafio que eu lanço agora: Fazer um Era Uma Vez com uma passagem de Alice (de qualquer um dos dois livros)!
Hahahahahahahahahahahaha
muito bom!!!! hahahahaha
certamente demais!
de maneira alguma deixe de continuar!
Oi!
Parabéns pelo Destaque no GB.
Adorei seu blog.
beijokas
Exxxxxcelente cacá!
Deixe o final para depois.. não deixe a destruição começar!
(a Latrina ganhou um link exclusivo no meu flog. parabéns!)
O Jack desta história está se tornando realmente assustador, uma vez que seus conhecimentos de física podem levá-lo a conquistar a ilha, ou mesmo o mundo (e nesse caso teríamos de nos submeter a um império com capital no Canadá! Que horror!)
PÉSSIMO!
bah, eu tinha que falar algo diferente, mas acho que vc sabe o que eu realmente acho...
parabéns queridas Latrineiras pelo prêmio!!!!
Quem sabe eu compito com vocês?
eu sugiro que o montoro apareça na história...tudo bem que a camila e a muriel (vcs vão assinar o "livro" como camilamuriel?) têm mentes puras e tal, mas é mto daora aloprar o nosso querido
O montoro não foi à Peruíbe, porém ele podia ter uma participação como cabeça de porco (tipo seria a cabeça dele)!
onde ele foi parcialmente citado?
tadini, "ir a peruíbe" não tem acento grave...haaaaaaaaa
mas eu curti a idéia da cabeça de porco...faz um porco que ta sempre resfriado e tal...como nosso muso
sem comentários. vcs são demais (camila, vc especialmente).
e espero que tenham utilizado a lente referente ao meu olho direito, que é bem mais forte, como deve ficar claro pela diferença de tamanho entre os meus olhos de ex-japonês.
que orgulho eu tenho de ter vcs como amigos.
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