28 maio, 2006

A sombra, tão grande e escura, escura, escura, crescia até que tudo se tornou um grande vazio, um borrão acinzentado que engolia o mundo. A sombra era quase palpável, como se ao enfiar a mão dentro daquele escuro se pudesse arrancar um pedacinho, maciço e real como coisa de pegar. No entanto, a sombra consome, espessa e viscosa por entre os dedos, escorrendo na velocidade do mel, embora não fosse doce.
Era como um esgoto negro, um veludo, liso e macio, apoderando-se lentamente das cabeças desesperadas, das mãos crispadas levantadas ao céu como em prece para alcançar... Não importa, a sombra, A Sombra é onipresente, engolindo tudo com o mesmo ritmo de sempre, afinal, não há pressa (ou esperança).
O sol pulsa tão fraco agora, como se se despedindo de toda a imensidão que se pode ver lá do céu. No céu não há mais os algodões brancos e fofos, não, agora tudo é sombra, e mais nada. E mais nada. Nada. N a d a. Aquilo cresce até não poder mais, porém esse limite não existe. Por que existiria afinal? A única coisa que importa é crescer, fazer de tudo escuridão.

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Isto é o que acontece quando a gente simplesmente deixa idéias malucas pularem pro papel.

15 maio, 2006

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11 maio, 2006

Olé


Levoooooooooooou!