28 março, 2007
20 março, 2007
À Morte de uma Latrina
O dia de hoje podia ter começado como um dia festivo para as latrinas do mundo, com o começo dos preparativos para o aniversário dessa nossa Latrina querida. Mas infelizmente não foi assim.
Uma latrina foi destruída, uma bomba plantada no banheiro marcou o seu fim trágico. A pobre latrina nunca fizera nada de mal a ninguém e teve que pagar pelos ressentimentos, ou seja lá quais foram os motivos de tal atrocidade, dos homens que a ela nunca fizeram mais do que despejar seus dejetos mais repugnantes.
Assim, através desse veículo, prestamos nossa homenagem solene à latrina que foi, hoje, brutalmente sacrificada, e declaramos nossa revolta contra todos que cometem atrocidades a tal utensílio essencial para as nossas vidas.
Quem explodiu aquela bomba no banheiro não pensou no significado do objeto por ele destruído, quanto mais na integridade física de quem pudesse ter passado por alí na hora errada.
14 março, 2007
A Latrina, há muito tempo, é fiel ao compromisso de expor poemas de autores pouco conhecidos e de qualidade duvidosa (mas frequentemente muito bons), que dificilmente encontrariam o espaço para serem apreciados pelo grande público. Tais poemas já levaram os frequentadores assíduos deste blógue a momentos de profunda reflexão e diversão.
O poema que aqui segue tem o mesmo propósito e sua publicação segue os mesmos princípios dos anteriores. Porém, gostaríamos de ressaltar que, como moderadoras da Latrina, não nos responsabilizamos por qualquer conteúdo dos textos escritos por outros autores. Especialmente por este.
O poema que aqui segue tem o mesmo propósito e sua publicação segue os mesmos princípios dos anteriores. Porém, gostaríamos de ressaltar que, como moderadoras da Latrina, não nos responsabilizamos por qualquer conteúdo dos textos escritos por outros autores. Especialmente por este.
Ode ao Santa Cruz
por Caio Pinheiro
Há um paraíso no Alto de Pinheiros
Onde tudo brilha com mais luz.
Com um acervo de mais de 100 banheiros
O seu nome é Santa Cruz.
Suas plantas são mais verdes,
O seu céu é mais azul.
Do mundo inteiro tem nerds
Vindos dos hemisférios Norte e Sul.
E que outro colégio possui tal capela
Onde unem-se tão bem modernidade e tradição?
É generoso em permitir entrada de todos nela,
até os judeus possuem permissão.
A biblioteca possui impressionáveis coletâneas,
Além de bibliotecárias de modos insanos,
Que adoram com os alunos ser sacanas,
Pois (como a coleção Pe. Charbonneau) não são tocadas há anos.
Isso sem falar no belo teatro de tijolos,
Onde encontram seu lugar os exibicionistas.
E mesmo se estes não tiverem miolos,
O Vicente dirá que poderão ser artistas.
O CEI é o paraíso da tecnologia,
Os computadores são de última geração.
Até entrada, os funcionários tem garantia,
Pelos alunos, quase sem discriminação.
E que outro colégio possui tantos eventos:
Para os atletas, a Festa dos Esportes,
Festa Junina para os infantos
E Feijoada para obesos de toda sorte.
Enfim, este é um Éden primoroso,
Digno de um Primeiro Mundo.
Este colégio, do Brasil é o mais glorioso,
No Vértice só tem vagabundo!
Há um paraíso no Alto de Pinheiros
Onde tudo brilha com mais luz.
Com um acervo de mais de 100 banheiros
O seu nome é Santa Cruz.
Suas plantas são mais verdes,
O seu céu é mais azul.
Do mundo inteiro tem nerds
Vindos dos hemisférios Norte e Sul.
E que outro colégio possui tal capela
Onde unem-se tão bem modernidade e tradição?
É generoso em permitir entrada de todos nela,
até os judeus possuem permissão.
A biblioteca possui impressionáveis coletâneas,
Além de bibliotecárias de modos insanos,
Que adoram com os alunos ser sacanas,
Pois (como a coleção Pe. Charbonneau) não são tocadas há anos.
Isso sem falar no belo teatro de tijolos,
Onde encontram seu lugar os exibicionistas.
E mesmo se estes não tiverem miolos,
O Vicente dirá que poderão ser artistas.
O CEI é o paraíso da tecnologia,
Os computadores são de última geração.
Até entrada, os funcionários tem garantia,
Pelos alunos, quase sem discriminação.
E que outro colégio possui tantos eventos:
Para os atletas, a Festa dos Esportes,
Festa Junina para os infantos
E Feijoada para obesos de toda sorte.
Enfim, este é um Éden primoroso,
Digno de um Primeiro Mundo.
Este colégio, do Brasil é o mais glorioso,
No Vértice só tem vagabundo!
Marcadores: Filosofia de Alcova
13 março, 2007
O Taj Mahal e as camisinhas
Aula de inglês (falas traduzidas):
PSSORA: Sonhos previnem gravidez precoce. Pensem em tudo o que vocês gostariam de fazer... Ir à Nova York fazer um curso de interpretação (?), depois ir trabalhar na indústria de cinema de Los Angeles (??), ganhar bastante dinheiro para ajudar a família que ganha super pouco e assim fazer com que a mãe não precise mais trabalhar como doméstica (???). Só que com um bebezinho no colo há muitas coisas que não se pode fazer. Por isso é importante pensar bem antes de... se envolver em relacionamentos não duradouros e colocar mais uma criança no mundo. Afinal, já tem seis bilhões de pessoas no planeta! Não tem lugar e recursos pra mais gente! (nessa hora pensei que ela ia descambar pro neomalthusianismo, mas evidentemente subestimei a prodigiosa astúcia da pssora). Por isso temos os preservativos, que são o método anticoncepcional mais prático, barato e disponível. Só que a questão é muito mais complexa! (tchan tchan tchan! O que será?) Vocês sabem quanto tempo leva para uma camisinha se decompor? (a classe balança a cabeça) Demora 400 anos! É muito! Imaginem o que isso contribui para a crise ambiental!
Nisso eu olhei para cima e agradeci aos céus por ter uma pssora tão lúcida e sensível que, além de me ensinar inglês, me abriu os olhos para a verdade terrível, a verdade inconveniente: Os problemas ambientais não se devem, como propagam a mídia e os pssores de geografia, às embalagens de PVC, às baterias, aos eletrônicos e tantas outras coisas que poluem/demoram para se decompor, mas sim... às inúmeras camisinhas usadas!
E, para minha admiração, não parou por aí:
PSSORA: Por isso hoje eu planejei a minha aula aqui no centro de informática... a atividade que vocês estão fazendo era para ser feita em fichas, mas eu decidi poupar todas as folhas que teriam de ser usadas! (oh, que coração caridoso! Pena que não levou em conta que papel pode ser reciclado, diferente da energia usada para manter ligados vinte computadores por uma hora e quinze)
Ah, nessa aula ela também disse que o Taj Mahal é "um grande templo da religião hindu".
PSSORA: Sonhos previnem gravidez precoce. Pensem em tudo o que vocês gostariam de fazer... Ir à Nova York fazer um curso de interpretação (?), depois ir trabalhar na indústria de cinema de Los Angeles (??), ganhar bastante dinheiro para ajudar a família que ganha super pouco e assim fazer com que a mãe não precise mais trabalhar como doméstica (???). Só que com um bebezinho no colo há muitas coisas que não se pode fazer. Por isso é importante pensar bem antes de... se envolver em relacionamentos não duradouros e colocar mais uma criança no mundo. Afinal, já tem seis bilhões de pessoas no planeta! Não tem lugar e recursos pra mais gente! (nessa hora pensei que ela ia descambar pro neomalthusianismo, mas evidentemente subestimei a prodigiosa astúcia da pssora). Por isso temos os preservativos, que são o método anticoncepcional mais prático, barato e disponível. Só que a questão é muito mais complexa! (tchan tchan tchan! O que será?) Vocês sabem quanto tempo leva para uma camisinha se decompor? (a classe balança a cabeça) Demora 400 anos! É muito! Imaginem o que isso contribui para a crise ambiental!
Nisso eu olhei para cima e agradeci aos céus por ter uma pssora tão lúcida e sensível que, além de me ensinar inglês, me abriu os olhos para a verdade terrível, a verdade inconveniente: Os problemas ambientais não se devem, como propagam a mídia e os pssores de geografia, às embalagens de PVC, às baterias, aos eletrônicos e tantas outras coisas que poluem/demoram para se decompor, mas sim... às inúmeras camisinhas usadas!
E, para minha admiração, não parou por aí:
PSSORA: Por isso hoje eu planejei a minha aula aqui no centro de informática... a atividade que vocês estão fazendo era para ser feita em fichas, mas eu decidi poupar todas as folhas que teriam de ser usadas! (oh, que coração caridoso! Pena que não levou em conta que papel pode ser reciclado, diferente da energia usada para manter ligados vinte computadores por uma hora e quinze)
Ah, nessa aula ela também disse que o Taj Mahal é "um grande templo da religião hindu".
11 março, 2007
09 março, 2007
Rir pra não chorar
Era mais uma aula de Produção Textual (sic). A professora entrou na classe e pediu pra gente começar a fazer os exercícios na folha de redação.
WHISKY: Muriel, me dá uma folha?
EU (brincando): Tudo bem, mas da próxima vez que você trazer o seu bloco você me devolve uma, hein?
WHISKY (com uma cara muito feia e muito séria): Sua judia!
WHISKY: Muriel, me dá uma folha?
EU (brincando): Tudo bem, mas da próxima vez que você trazer o seu bloco você me devolve uma, hein?
WHISKY (com uma cara muito feia e muito séria): Sua judia!